Helena David (1955-2010).

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Nascida em Pará de Minas, viveu e trabalhou em Belo Horizonte, onde formou-se em programação visual na Fuma - Uemg. Especializou-se em conservação e restauro pelo Cecor - UFMG, área em que trabalhou intensivamente, na restauração de pinturas do período Barroco Mineiro, como o forro da igreja de São Fancisco de Assis, do mestre Athaíde, em Outro Preto, e telas de pintores modernistas, como Guignard e Di Cavalcanti.

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Movida pela incessante necessidade de mudanças e novos desafios, tornou-se espeleóloga pelo Grupo Bambuí, onde passou a relacionar-se intimamente com as pinturas rupestres, muito presentes nas entradas das cavernas que estudava.

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Após estágio no Museu de História Natural da UFMG, empreendeu nova pós graduação, desta vez o mestrado em Artes Visuais da Escola de Belas Artes da UFMG. Para seu projeto de mestrado inicia ampla pesquisa sobre a situação das pinturas rupestres do Abrigo Norte da Gruta do Janelão, no Vale do Peruaçu, Norte de Minas, e possíveis técnicas para sua conservação. Um estudo que alia arte, arqueologia, química e física, empreende diversas viagens ao Norte de Minas, para fotografar os painéis, realizar diversos tipos de medições e recolher minúsculas amostras de pinturas, que serão posteriormente analisadas à exaustão em diferentes tipos de microscópios e equipamentos hi-tec. Defende sua dissertação em 2001, e no ano seguinte, aplica os resultados de sua pesquisa em projeto de restauração das pinturas rupestres da Gruta do Ballet, em Pedro Leopoldo - MG. O projeto foi executado em 2002, e a Gruta foi aberta para a visitação. 

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No ano de 2003, teve se projeto de doutorado em conservação de pinturas rupestres aprovado pela Universidade Politécnica de Valencia, Espanha, e financiado pela Capes. Este novo desafio retoma a continuidade de suas pesquisas no Vale do Peruaçu, e consistiu em investigar os possíveis aglutinantes utilizados pelos autores das pinturas rupestres do abrigo norte da Gruta do Janelão. Entre diversas experiências em campo e horas de laboratório, que incluíram uma viagens no tempo, em aceleradores de envelhecimento, para simular a ação do tempo em diversos materiais, concluiu com sucesso sua tese, no ano de 2008.

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Em 2009, após retornar ao Brasil e iniciar o planejamento de inúmeras possibilidades de ação em sítios arqueológicos pelo país, é aprovada em concurso para professora na Escola de Belas Artes da UFMG.

Os alunos do Cecor, infelizmente não puderam usufruir de seu enorme conhecimento e energia, pois em meio a intensa luta contra um câncer fulminante, falece em 2010, antes de assumir sua cadeira de professora.

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Deixa um filho, que incentivado por toda essa convivência com uma vida intensa, em meio à arte e natureza, passa a desenvolver sues trabalhos em fotografia e questões ambientais.

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Este projeto é uma tardia homenagem à minha mãe, Helena.